Em um ano e meio na Europa, Fágner ganhou um corpo inteiro de tatuagens

06-01-2009 11:40

 

Lateral-direito, que estava na Holanda, tem 11 imagens espalhadas pela pele

 

                                        

Dos novos rostos do Vasco neste início de temporada, um pode ser facilmente reconhecido pelos torcedores. É o lateral-direito Fágner, que veio do PSV, da Holanda. Basta olhar para o corpo do jogador. Ele tem uma coleção de tatuagens. No total são 11 símbolos, frases e desenhos, quase o mesmo número de reforços do Time da Colina para 2009 (assista ao vídeo ao lado). Até agora, a diretoria acertou a vinda de 12 jogadores.

 

Aos 19 anos, Fágner chega com o status não apenas de um jogador promissor, que a diretoria deposita muitas esperanças, mas também como o novo "jogador-tatuagem" de São Januário. Ele supera com tranquilidade outros adeptos às "tatoos" como o meia Leo Lima.

 

- Fiz a minha primeira tatuagem aos 17 anos. Foram duas, na verdade. Foi o nome da minha família pedindo proteção, para me livrar do mal. E aí gostei e foi indo. Fui fazendo mais. Sabe como é... morando sozinho (risos) - disse.

 

A tatuagem que Fágner mais gosta é a que fica no ombro esquerdo com a frase "Livraí-nos do mal, amém". Mas há outras espalhadas pelo corpo.

 

- Tenho algumas que representam a família, fiz uma para o meu pai, tenho palavras em japonês, uma outra com a frase "Deus é fiel". Nos braços tenho uma imagem que sonhei e achei legal. Além disso, tenho um dragão na perna. E nas costas eu fiz um desenho de uma Fênix (a ave da mitologia que renasce das próprias cinzas).

 

Fágner também mandou tatuar o número 23, número da camisa com que ele marcou o primeiro gol como profissional. E no braço esquerdo tem uma cruz.

 

- Às vezes as pessoas olham com preconceito por eu ter muitas tatuagens. Mas eu nem ligo. É pouca coisa. Bem pouquinho (risos) - brinca o jogador, que garante ainda ter espaço para mais tatuagens no futuro.

 

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O jogador tem um jeito descontraído e não esconde o lado "fashion". O penteado é considerado moderno. Cabelo todo arrepiado. Nas orelhas, brincos que chamam a atenção.

 

- Eu até quis cortar o cabelo, mas me disseram que seria legal deixar deste jeito mesmo. Mas fizeram a minha cabeça para continuar, para ser eu mesmo. Eu sempre gostei de tatuagens e tudo mais.

 

Sobre o nome, o lateral-direito não sabe se foi uma homenagem ao cantor Fágner. Mas ele revelou que o estilo do artista agradava ao pai.

 

- Todo mundo me pergunta isso todos os dias. Meu pai até ouvia algumas músicas dele. Aí eu já não sei.

 

O jogador só faz um pedido aos jornalistas, companheiros e torcedores.

 

- Só não me peçam para cantar nada, aí vocês me derrubam - brincou.

 

Fágner jogou pouco no futebol brasileiro. Ele foi muito elogiado nos primeiros jogos profissionais pelo Corinthians e se transferiu para o exterior aos 17 anos após se destacar no Sul-Americano sub-20 com a seleção brasileira, em 2007, quando atuou ao lado de Lucas e Alexandre Pato. O título garantiu a vaga do Brasil nas Olimpíadas de Pequim. O jogador revelou os motivos para resolver deixar o PSV e o futebol europeu e vir disputar a Série B pelo Vasco.

 

- Eu não estava sendo utilizado lá na Holanda. Estava meio de lado, sem muitas chances, e resolvi voltar ao Brasil.

 

Ele torce para que o antigo companheiro Cassio acerte também com o Vasco. O goleiro já fechou a base salarial, mas depende da liberação do PSV para assinar o novo contrato.

 

- Se ele vier é um grande reforço para o Vasco. Além de ser um cara sensacional.

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